Relembrar os momentos desde o nascimento parece ser rotina depois dos seis meses. Estou muito mais emotiva nesses dias, mas isso se deve principalmente por causa da ida à creche na próxima segunda. Acho ela tão novinha pra já começar a ir à uma escolinha, ela a partir de agora não vai parar de estudar. Queria que curtisse bem a infância, é uma pena que eu não trabalhe de modo mais flexível.
Não gostaria de parar de trabalhar, pois acho super difícil a minha rotina em casa, não sou uma boa dona de casa, sinto falta das pessoas, de me arumar, de sair, não sinto falta de acordar cedo, he he.
A rotina, agora com a Julia indo na creche, será assim: terei que acorda-la mais cedo, pois ela levanta às 7 todo dia, terá que levantar umas 6:20 para dar tempo de eu amamenta-la, dar um pouco de mamadeira (empurrando por medo dela sentir fome, pois na creche a papinha é servida às 9) e ainda trocar fralda, arruma-la para sair às 7 e entrar às 7:30.
Isso na semana que vem já começarei, só que a buscarei mais cedo, às 11. Daqui a duas semanas ela ficará direto até às 16 e depois dos nove meses ficará direto das 7:30 às 17.
Não vai ter jeito, vou chorar com a separação, triste já estou e é inevitável. Tomara que eu ainda consiga estudar pra concurso e consiga trabalhar meio período ganhando o equivalente ou até mais. Tomara…
Tomara ainda que ela não sofra com a minha ausência e consiga se adaptar e até se divertir na creche. Tomara que as tias sejam pessoas boas, de coração bom e que a tratem bem, com carinho.
No meu trabalho também sei que enfrentarei desafios. A maternidade é uma realização, mas ainda não é justo muita coisa em relação a ela. Deveríamos ter mais apoio, mais ajuda, mais compreensão. Na verdade as pessoas só querem viver a própria vida, sem nem pensar no quanto emocionalmente é difícil tudo isso pra gente. Acho que pelo menos estou mais preparada se vier o próximo. Muita coisa seria diferente, eu teria menos medo, seria mais confiante e deixaria de pensar em quanto preciso do apoio dos outros, he he.


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